top of page

Não esqueceremos e não perdoaremos!


Em 31 de março de 2019, completou 55 anos do golpe militar no Brasil. A ditadura cívico-militar, patrocinado abertamente pelo governo estadunidense, carregava como principal objetivo colocar fim nos germens de organização das massas trabalhadoras que começavam surgir e subordinar o Brasil à sua política externa.


Dados oficiais mostram que cerca de 450 pessoas foram mortas pela ditadura, mas sabemos que este total é, infelizmente, muito maior, pois não se contabiliza o genocídio de populações indígenas e camponesas, que juntos chegam à quase 10 mil. Além das ossadas do cemitério clandestino de Perus e dos muitos desaparecidos. Somente na USP, são contabilizados 47 mortos e desaparecidos, entre alunos, professores e trabalhadores.


É essa barbárie e esses assassinos cruéis, como Ustra - que comandava o Doi-Codi em São Paulo – que o presidente Jair Bolsonaro, Joice Hasselmann e a extrema direita comemoraram. A ofensiva ideológica contra a esquerda realizada por Bolsonaro e sua corja busca fortalecer e acenar com a repressão, buscando intimidar e para implementar seus ajustes e ataques, como a reforma da previdência, para fazer com que todos trabalhem até morrer, aumentando ainda mais a exploração e miséria dos trabalhadores e da juventude.


Esta semana já pudemos sentir mais próximo este incentivo às forças repressivas: na quinta (28) dezenas de policiais armados invadiram o prédio da faculdade de Letras da USP a procura de um estudante acusado de um crime grave, intimando estudantes, funcionários e professores. Essa escalada repressiva, não só do governo, mas também do judiciário, é uma demonstração de como querem tornar padrão esse método.


Frente a tudo isso, nós da atual gestão do CAER, Katendê - Chapa CAER 2019, fizemos dois vídeos em parceira com alunos da FSP e com o apoio de professores, entrevistando a Profa. Dra. Vera Silvia Facciolla Paiva, Professora Titular no Depto. de Psicologia Social do Instituto de Psicologia da USP, fundadora do Diretório Central dos Estudantes da USP (DCE Livre da USP) e filha de Rubens Paiva, torturado e morto no período e entrevistamos, também, o Prof Dr Carlos Botazzo, Professor Associado do Depto. de Prática de Saúde Pública, da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo, preso e torturado político da ditadura. Nos vídeos eles falam o que representou e o que vivenciaram neste período, para justamente: não esquecermos e não perdoarmos!




Nós da atual gestão do CAER, Katendê – a educação respira luta, repudiamos a defesa a céu aberta ao golpe de 64, por isso fizemos as intervenções vistas abaixo. Devemos exigir também a revogação da Lei da Anistia de 1979, assim como o julgamento e punição de todos os responsáveis civis e militares pela ditadura! É preciso que as entidades estudantis e dos trabalhadores organizem em cada local de trabalho e estudo uma força real, com manifestações unificadas e capaz de impor que se construa uma verdadeira comissão da verdade, com acesso a todos os documentos das Forças Armadas e dos serviços de inteligência, revelaria outros tantos crimes bárbaros cometidos pela ditadura. Trabalhadores e estudantes lutando lado a lado contra as ofensivas ideológicas e contra os ataques econômico do governo Bolsonaro.

 
 
 

Comments


© 2019 Criado por Felipe Alvarenga Marim - Gestão Katendê

 caemilioribas@gmail.com   /   Av. Dr. Arnaldo, 715 - Cerqueira César, São Paulo/SP, 01246-904

  • Facebook - Black Circle
  • Instagram - Black Circle
bottom of page